O tratamento com implantes exige uma série de exames prévios afim de eliminar a chance de insucesso. Organizar uma sequência ideal de exames e utilizar como protocolo, é uma forma criteriosa para minimizar esses riscos.

A seguir, você irá conferir quais exames devem estar presentes no seu protocolo prévio.

Anamnese

Para coletar informações relevantes do paciente, o profissional deve realizar um questionário de saúde direcionado e assim poder avaliar as condições favoráveis e desfavoráveis à realização do procedimento proposto.

A anamnese aborda detalhes de condições sistêmicas individuais do paciente e deve ser global, ou seja, situação bucal e sistêmica.

As perguntas devem ser objetivas e direcionadas à identificação de qualquer aspecto que venha a comprometer o sucesso do tratamento. Cabe ao cirurgião avaliar e detectar alguma contra-indicação nesse grupo de informações. Há aqui uma situação importante a ser avaliada: quadro sistêmico comprometido – uma vez que o paciente apresente alguma alteração que comprometa o tratamento com implantes, o cirurgião-dentista pode lançar mão de indicação médica e trabalho interdisciplinar.

Vale ressaltar que para chegar nesse estágio de anamnese e coleta de informações, o cirurgião já teve um primeiro contato com o paciente para estabelecer um vínculo, pois a anamnese corresponde à um grupo de perguntas técnicas. Anseios, expectativas e desejos já devem estar bem claros nesse momento. Outro ponto a ser analisado após esse exame, é o consentimento pré-operatório, um passo muito importante que nem todo profissional adota. Mas falaremos sobre esse assunto em outro post.

Exames Laboratoriais

Obter dados sobre o quadro sistêmico do paciente pode não só nos diferenciar como profissionais com visão global sobre o estado de saúde do paciente, mas também nos dar informações imprescindíveis.

Os exames laboratoriais são um conjunto de exames e testes realizados em laboratórios de análises clínicas, auxiliando no diagnóstico ou confirmação de uma patologia, além de corroborar com o tratamento proposto.

Partindo do princípio que você já tem informações colhidas anamnese, a solicitação de exames específicos fica mais clara. Existem vários tipos de exames que podem nos ajudar, e os mais solicitados são aqueles feitos à partir da coleta do sangue.

Exames mais requisitados no planejamento de implantes

A detecção de desordens sistêmicas conduz o paciente ao tratamento destas ou traz a possibilidade de um preparo para minimizar os riscos.

Exames Radiográficos e de Imagem

Todos os tipos de exames imagiológicos auxiliam na tomada de decisões, desde o planejamento até o controle pós-operatório. Dimensões de altura, espessura, proximidade com estruturas nobres e inervações são algumas das funcionalidades de se ter exames radiográficos (periapicais | panorâmica) e de imagem (tomografia).

Exames radiográficos mais utilizados no tratamento com implantes

A determinação exata das dimensões da espessura e altura óssea é o que busca o cirurgião-dentista implantodontista, as tomografias computadorizadas dão um suporte de segurança ao profissional. Os programas especializados nesse tipo de exame promovem uma sequência de cortes laterais e a precisão tomográfica é de quase 100% de fidelidade. A Tomografia Computadorizada Cone Beam (CBCT) é um tipo de tomografia especifica para a área dento-maxilo-facial, o que fornece uma riqueza maior de detalhes.

Nota: a relação entre o cirurgião implantodontista e o radiologista deve existir para que os planejamentos apresentem uma menor margem de erros.

Modelos de Estudo

Obter um modelo de estudo é um ótimo recurso para o planejamento em reabilitação oral. A vantagem de se ter em mãos a relação inter-maxilares e uma macrovisão da situação de oclusão do paciente é indiscutível. Algumas situações clínicas dispensam a obtenção de modelos, ficando a critério do cirurgião. Já em outras mais complexas, certamente se faz necessário o uso desse recurso.

Situações que exigem a confecção de modelo de estudo:

  • Desdentados totais
  • Desdentados parciais extensos (+3 elementos)
  • Desordens no posicionamento dental (apinhamentos, inclinações, diastemas)
  • Alterações de dimensão vertical
  • invasão do espaço funcional livre

Todos os exames citados nesse artigo, quando utilizados de maneira correta, proporcionam uma visão global do quadro do paciente que precisa de tratamento com implante. No entanto, realizar todos esses exames preliminares não garante um resultado final satisfatório, visto que as razões são multifatoriais e cada caso detém uma indicação específica.

Referências

Marco Aurélio Bianchini. O passo a passo cirúrgico na implantodontia da instalação à prótese. 1ª edição, 2008.
Carl E. Misch, Contemporary Implants Dentistry, 2 edição.

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